Ordem de São Bento de Aviz
Ordem de São Bento de Aviz Insígnia: cruz latina verde, flordelizada. No Brasil, fita e banda verde, com orla vermelha. Graus: cavaleiro, comendador e grã-cruz.
Tradicionalmente militar, esta Ordem parece ter-se originado na Espanha, como ramo da Ordem de Calatrava, embora muitos historiadores afirmem sua criação em Portugal, no século XII, por D. Afonso Henriques.
No século XVI, a Ordem de Aviz passou à administração dos reis de Portugal e, a partir do século XVIII, tornou-se exclusivamente de caráter honorífico militar.Trazida para o Brasil pelo Príncipe Regente D. João, aqui vigorou durante sua estada e, em seguida, sob o grão-mestrado de D. Pedro, até 1827, quando foi abolida.Reorganizada anos mais tarde, e tendo confirmada sua finalidade específica de premiar serviços militares, voltou a ser conferida, sendo a única ordem honorífica portuguesa mantida pelo Governo Provisório, após a Proclamação da República no Brasil.
Definitivamente abolida em 1891, foi, no entanto, mantida em Portugal servindo, a Monarquia e à República daquele país.
Novamente extinta em 1910 (em conjunto com as demais ordens), pelo Governo Provisório da República Portuguesa, que julgava a atribuição de ordens algo próprio do carácter de não-igualdade social da Monarquia, foi restaurada (de novo também com as honoríficas Ordem Militar de Cristo e a Ordem de Sant’Iago da Espada) em 1918 por Sidónio Pais, no quadro da Primeira Guerra Mundial (julgou-se então ser oportuno condecorar os militares que se haviam distinguido nas campanhas contra os Alemães em Flandres, em Angola e em Moçambique – isto muito embora o próprio Sidónio fosse contra a participação de Portugal na guerra).
Após o seu assassinato em Dezembro desse ano, não se voltou ao statu quo ante; o regime das ordens foi depois regulamentado, já durante o Estado Novo (1962), e mais recentemente, em 1986, quando se definiu as atribuições de cada ordem e o seu regime de concessão, em exclusivo, por iniciativa do Presidente da República, Grão-Mestre das Ordens. Assim sendo, a Ordem Militar de Avis ficou destinada a premiar serviços militares de excepcional relevo, sendo apenas atribuída a quadros das Forças Armadas e/ou militarizadas (isto é, da Guarda Nacional Republicana, GNR e da Guarda Fiscal), bem ainda como a corpos ou unidades militares, a título colectivo, podendo a condecoração ser efectuada em vida ou postumamente.
A insígnia desta Ordem é originalmente composta por uma cruz latina verde, flordelizada. No Brasil, fita e banda verde, com orla vermelha. Por fim, divide-se a atribuição do título da ordem nos graus de cavaleiro (ou dama), oficial, comendador, grande-oficial e grã-cruz.
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Pesquisa: Ivair Ximenes Lopes
Fonte: Casa Imperial do Brasil, Família Imperial Brasileira.
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